Chaud! totalement a L'ouest...

Fête de la music!

Dia normal de trampo... plein samedi. Saímos do centenaire e o André me disse que era HJ a festa da música. Segundo anuncio que ele viu, 'ao lado da igreja'. Festa da música, ao lado da igreja (que eh longe daqui), mas tudo bem. Vamos la? VAMOS! Ele de chinelo e eu sem máquina fotografica. 10 ou 15 min depois, de caminhada, chegamos na igreja. Nada de som. Continuamos um pouco... um senhor parado com um carro no meio da estrada. Perguntei sobre a festa da musica e ele respondeu num frances pior que o nosso que era em frente, à esquerda. Fomos... A luz acabou. Estrada de terra. Zero movimento. 'Mas o tio falou que era aqui". Ahn! E se cortássemos caminho pelos trilhos? Ótima idéia!! Fomos... A idéia não chegou a ir mto pra frente. Chegamos numa ponte e realizamos que deveriamos passar por CIMA dessa ponte, não por baixo e na linha férrea. Voltamos no mesmo breu que fomos... E passa um carro. OPA! Deve mesmo ter alguma coisa pra lá! Vamos acostumar os olhos no escuro e continuar. 30 min andando no breu, sem lua, sem saber onde estavamos e sem enxergar nada com uma definição melhor do que um 'borrão mais escuro ou menos escuro'. Som? algum barulho surdo, looonge. Parecia que tava a uns 10 km. Talvez realmente estivesse... Vou pular a parte longa que tava no escuro pq... pq tava escuro oras. Lá pelas tantas, o bruille ficou quase distinguível, e após uma curva, luzes. Muitos carros. Muitos mesmo. QUase uma rave, se não fosse pelo singelo detalhe de que não tinha som mecânico. Eram 5 ou 6 pessoas, com bongôs, atabaques e surdos, fazendo o teste de admissão pra entrar na comunidade "não nasci pra fazer isso" - a mesma que futuramente formará uma banda musical nomeada casualmente "inimigos do ritmo". Caaara... cada um tocava uma coisa. Mto horrivel. Essa foi a primeira impressão. Zero cervejas. Zero champagne daquele arbusto engraçado. Horrível.
Cerva vai, cerva vem... aquela sensação de que tu é literalmente o estrangeiro no ninho (!?), e que todos, até os enfants, sabiam disso. Bom... pela 3 ou quarta long-neck alemã misturada com a champagne-daquele-arbusto-engraçado, a música (!!) começou a ficar boa. Me lembrei dumas coisinhas 'locais', tipo rituais e festas... chegada do verão, solstício, vinho, música... pois é. E eu tava no meio disso. A Fête de la musique é essa comemoração. Solstício. Mas a grande mesmo deve rolar dia 22 do corrente (dias 21, 22 e 23 serão os mais longos do ano...).
De qualquer forma... uma hora inventaram de colocar um som mecânico. Aí sim ei vi que os tambores eram ótimos e afinados. Credo. Sorte que durou so uns 10 min. Chegaram mais uns 4 caras com tambores, surdos e etc, sendo que um deles tinha toda a pinta de trabalhar no Olodum. A coisa animou... gurias começaram a tirar os calçados, dançar totalmente fora do ritmo, outras pessoas pegaram seus malabares, cordas com bolas de fogo na ponta, bastoes idem... tipo... bem interessante. E a champagne-daquele-arbusto-engraçado tava começando até a ficar boa.
Back to reality... o dia seguinte trabalhamos as 8am. Fomos pegar aultima ceva e o barman puxou papo (clássico - Qual a nacionalidade de vcs? - Não era impressão mesmo. Todos sabiam que éramos estrangeiros. E eu nem tava com a Nikon...). Papo vem, papo vai, ceva vai, ceva vai... acabamos 'ganhando' 2 ingressos pra conhecer o chateau de Comarque, a uns 6km de Les Eyzies (o cara trabalha lá e parece que curtiu o papo mesmo).
Na volta, apos os 30 min de caminhada e duas paradas pra pedágio, peguei o lap e conectei no Centenaire. Vi o povo que apareceu pro caldo verde que rolou lá em casa... saudades.
Home, sleep. Cool.
Et le samedi est finis.
xxxxxxxxxxxxx



NO mais, stresses com o pessoal da cozinha tem crescido. Ou minha paciência que tá chegando ao limite mesmo. Já tive uns acessos de falar pacas, irritado e em francês com o Gérard, Romain et avec le chef. To com o Benoit 'por aqui'. Se ele fizer mais alguma gracinha, o pau vai comer, literalmente.

posted by Raffi @ 3:49 AM